quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Forever 27 Club

O Clube dos 27, também conhecido como Forever 27 Club ou ainda Curse of 27 trata de um conjunto de músicos influentes cujo mote principal de vida seria fazer jus a mítica expressão “Sexo, Drogas e Rock and Roll”. O seu estilo de vida levou a uma morte precoce aos 27 anos de idade. O primeiro artista a fazer parte deste grupo foi o cantor e músico de blues Robert Johnson. Seguiram-se outros como Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain, e mais recentemente a mediática Amy Winehouse.

Todos eles possuíam dons fora do comum nas suas áreas musicais em específico. No entanto, todos os génios tem o seu lado de loucura e estes não eram excepção. Ainda assim é do conhecimento geral que todas estas mortes se deveram a influência de uma vida de excessos associada ao consumo desmedido de substâncias como álcool, drogas, auto-medicação e em muitos casos o cocktail explosivo resultante da combinação de todos estes elementos. Mentes geniais no que toca a música que não conseguiam lidar com a pressão dos Media, a fama e até com os seus próprios admiradores. Viviam encurralados numa redoma de vidro onde o acesso a substâncias nocivas estava a distância de um estalar de dedos. Eram servidos por todos e os seus desejos eram ordens para os seus subordinados. O que é facto é que estas mesmas substâncias que lhes davam momentos de prazer e tinham a capacidade de os transportar para outras dimensões acabaram por colocar um ponto final no seu percurso que poderia ter sido longo.

No caso de Amy Winehouse, a sua decadência foi exposta e os seus passos seguidos ao microscópio. As notícias de que a sua vida esta cada vez mais fora do controlo faziam manchetes em todos os jornais sensacionalistas. O que prova mais uma vez que a impressa tanto possibilita a ascensão de um determinado artista, como não se coíbe de relatar a descida vertiginosa do mundo efémero em que vivem. Não lhes tendo sequer sido dada a privacidade de uma eventual tentativa de reabilitação. Os vídeos da sua incapacidade de performance nos últimos concertos eram motivo de pena. Afinal de contas, tenho a certeza que cada um de nós ao assistir a tais imagens limitava se a pensar “Mas será que ninguém consegue ajudar esta pobre rapariga a orientar a sua vida?”… A verdade é que tínhamos pena de ver um talento tão mágico como o de cantar e alegrar multidões, desfeito devido a uma vida pouco regrada e feita de excessos.

Será que Amy foi a ultima a pertencer ao Club 27? Será que este foi o exemplo necessário para que todos os jovens pensem duas vezes antes de enveredar por este caminho sem retorno? A esperança é de que a morte de todos estes artistas não tenha sido em vão e que sirva para alertar consciências. O clube já está cheio e não aceita mais sócios! É esta a mensagem para todos aqueles que ainda vão a tempo de mudar o seu rumo.

Forever 27 Club

O Clube dos 27, também conhecido como Forever 27 Club ou ainda Curse of 27 trata de um conjunto de músicos influentes cujo mote principal de vida seria fazer jus a mítica expressão “Sexo, Drogas e Rock and Roll”. O seu estilo de vida levou a uma morte precoce aos 27 anos de idade. O primeiro artista a fazer parte deste grupo foi o cantor e músico de blues Robert Johnson. Seguiram-se outros como Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain, e mais recentemente a mediática Amy Winehouse.

Todos eles possuíam dons fora do comum nas suas áreas musicais em específico. No entanto, todos os génios tem o seu lado de loucura e estes não eram excepção. Ainda assim é do conhecimento geral que todas estas mortes se deveram a influência de uma vida de excessos associada ao consumo desmedido de substâncias como álcool, drogas, auto-medicação e em muitos casos o cocktail explosivo resultante da combinação de todos estes elementos. Mentes geniais no que toca a música que não conseguiam lidar com a pressão dos Media, a fama e até com os seus próprios admiradores. Viviam encurralados numa redoma de vidro onde o acesso a substâncias nocivas estava a distância de um estalar de dedos. Eram servidos por todos e os seus desejos eram ordens para os seus subordinados. O que é facto é que estas mesmas substâncias que lhes davam momentos de prazer e tinham a capacidade de os transportar para outras dimensões acabaram por colocar um ponto final no seu percurso que poderia ter sido longo.

No caso de Amy Winehouse, a sua decadência foi exposta e os seus passos seguidos ao microscópio. As notícias de que a sua vida esta cada vez mais fora do controlo faziam manchetes em todos os jornais sensacionalistas. O que prova mais uma vez que a impressa tanto possibilita a ascensão de um determinado artista, como não se coíbe de relatar a descida vertiginosa do mundo efémero em que vivem. Não lhes tendo sequer sido dada a privacidade de uma eventual tentativa de reabilitação. Os vídeos da sua incapacidade de performance nos últimos concertos eram motivo de pena. Afinal de contas, tenho a certeza que cada um de nós ao assistir a tais imagens limitava se a pensar “Mas será que ninguém consegue ajudar esta pobre rapariga a orientar a sua vida?”… A verdade é que tínhamos pena de ver um talento tão mágico como o de cantar e alegrar multidões, desfeito devido a uma vida pouco regrada e feita de excessos.

Será que Amy foi a ultima a pertencer ao Club 27? Será que este foi o exemplo necessário para que todos os jovens pensem duas vezes antes de enveredar por este caminho sem retorno? A esperança é de que a morte de todos estes artistas não tenha sido em vão e que sirva para alertar consciências. O clube já está cheio e não aceita mais sócios! É esta a mensagem para todos aqueles que ainda vão a tempo de mudar o seu rumo.

Uk a Ferro e Fogo

Ultimamente temos sido confrontados com notícias de caos e destruição por todo a Inglaterra. Afinal o que é que poderá despoletar este tipo de confrontos? Será que a juventude de hoje em dia se sente tão ameaçada que esta forma é a única de se conseguirem expressar? Teremos voltado aos tempos em que as pessoas se refugiam em casa com medo de saírem e serem atacadas? A que ponto chegamos?

As emissões a que temos vindo a assistir todos os dias apontam para um clima de descontentamento por parte dos jovens ingleses que parece ter sido também a causa de alguns motins prévios na Grécia e anteriormente em bairros de Paris. O desemprego, a incerteza quanto ao futuro, a sensação de que mais do que nunca é difícil atingir estabilidade nas suas vidas são factores que fazem com que as camadas mais jovens da nossa sociedade se sintam ameaçadas e sem esperança no futuro. É como se todas estas pessoas vivessem dentro de uma panela de pressão à qual vão sendo acrescentados aumentos das taxas dos juros, cortes salariais, aumento das propinas, enfim, uma infinidade de medidas de austeridade que fazem com que a população se sinta cada vez mais descontente. A medida que o conteúdo da panela vai aumento, maior será a pressão no seu interior, ate que num determinado momento a panela não consegue aguentar tanta pressão e acaba por transbordar… talvez seja esta a visão caricaturada daquilo que se esta a sentir em Inglaterra, com previsões de que se possa alastrar a outras capitais e cidades europeias.

A economia em abrandamento em todo o mundo não ajuda a que estas camadas sintam alento em relação ao seu futuro, muito pelo contrário. Qual será então a solução a encontrar? Uma coisa é certa, as medidas a tomar não podem só partir dos governos respectivos a cada país. Têm de começar pela nossa casa, pequenas mudanças fazem toda a diferença. A sociedade de consumo desenfreado tem de mudar de uma vez por todas … Numa época como esta, CONTENÇÃO é a palavra de ordem!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Senhor do Metro

Conheço um senhor que encontro todas as manhãs numa saída de metro em Lisboa. Até à hora de almoço sei sempre que o posso encontrar ali. Entre os dois lances de escadas que dão para o exterior. Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, ali está ele: o senhor do metro.
Nunca falei com ele… talvez não possa dizer que o conheço. Simplesmente, sei quem é.
O seu semblante não deixa transparecer o que lhe vai na alma. É uma pessoa difícil de ler. Passa o tempo absorto nos seus pensamentos, indiferente à variedade de pessoas que por ele passa a cada instante. Ou assim parece.
É uma pessoa bem-parecida, cuidada, de meia-idade. E, no entanto, passa as suas manhãs entre os dois lances de escadas daquela saída de metro. Intriga-me.
Sempre que passo por ele tenho vontade de lhe dizer olá, de lhe sorrir. Não sei porque mas o senhor do metro parece precisar de simpatia, de sorrisos, de alegria. Mesmo que apenas no fugaz instante de um cumprimento.
Nunca falei com o senhor do metro e, no entanto, simpatizo com ele, empatizo com a sua personagem.
Mas por outro lado, tenho pena dele… As suas manhãs são passadas entre os lances de escadas que dão para o exterior daquela saída de metro, a vender o que quer que seja que lhe parece ser útil naquele dia. Desde bolsas de telemóvel, pilhas, sabrinas, lenços de papel ou nos dias mais chuvosos, guarda-chuvas. E assim sustenta a sua manhã.
Um dia vi uma senhora dar-lhe cinco euros de forma dissimulada. Não o olhou, apenas lhos depositou na mão e disse “é para ti”. O senhor seguiu no seu encalço dizendo “leve algo” mas a senhora já ia no cimo do lance de escadas que dá para o exterior daquela saída de metro.
Sempre que passo por ele, assola-me um misto de sentimentos. Por um lado fico feliz por ver alguém tentar ganhar a vida de forma honesta. Por outro... sinto pena do senhor do metro. Porque será que passa assim as suas manhãs? Porque será que nunca consigo ler felicidade ou, no mínimo, descontracção na sua expressão. Tem sempre um ar absorto, pensativo, preocupado, o senhor do metro.

Apesar de tudo… gosto do senhor do metro. Um dia vou sorrir-lhe e dizer-lhe olá.

Joana Paulo

domingo, 28 de novembro de 2010

"Pocpoc!"

Estar numa cidade nova e tão diferente daquela de onde vimos implica responsabilidades que não tínhamos dantes. A maior parte dos universitários não tem a oportunidade de estudar na cidade onde cresceu e, portanto, vê-se obrigada a alugar um quarto ou apartamento onde vive durante a semana. Ao viverem com outras pessoas, torna-se mais fácil dividir tarefas, mas há algumas que temos que ser nós a fazê-las, como arrumar o quarto e… ir às compras!
Ontem foi um desses dias. Como não tinha aula de matemática, aproveitei para ir ao supermercado e consegui convencer umas amigas a vir comigo. Uma delas, como ainda nem sabia onde era o supermercado, ficou muito espantada quando se apercebeu de que tinha passado naquela rua várias vezes, mas sem ver o pequeno edifício, escondido por umas escadas e uma árvore enorme. Como não tinham nada para comprar, enquanto eu corria os corredores à procura do que precisava, elas iam passeando e vendo as coisas. A certa altura, uma delas pergunta-me onde estão as pipocas. Ora bem, eu que já tinha ido várias vezes ao supermercado mas nunca tinha reparado, pus-me mais uma vez a correr os corredores à procura com elas, até que finalmente encontrámos. Mas agora havia outro problema: doces ou salgadas? “Eu queria simples, sem nada…”, dizia ela, mas só havia aquelas variedades e acabou por levar das doces. Então o problema era como devia prepará-las. “Metes no microondas uns minutos e, quando elas começarem a estalar menos, tiras. Mas não te assustes quando elas começarem a fazer ‘pocpocpoc’ muito depressa!”.
Quando cheguei a casa, fui arrumar as coisas na minha prateleira e, quando olhei para a de uma colega minha, lá estavam elas! Um pacote de pipocas doces igual ao que a minha amiga tinha comprado! Nunca o tinha visto ali e parecia uma coincidência engraçada. Qual não foi o meu espanto quando, enquanto preparava o jantar, a minha colega de casa diz que está com vontade de comer pipocas! Pipocas, pipocas, pipocas! Parecia que estava a ser perseguida por elas e que toda a gente se lembrava de falar nelas. Já não pensava em pipocas há imenso tempo, mas em menos de vinte e quatro horas tinham invadido o meu dia e já não conseguia pensar em mais nada senão nelas!
Portanto, se algum dia se sentir perseguido por pipocas ou qualquer outro assunto de que falou, não se assuste pois não é o único. Agora que penso nelas, só consigo ver o saco a inchar no microondas e ouvi-las a fazer ‘pocpocpoc’!

E quando não sabemos?

Todos nós já nos deparámos com situações desconhecidas, sejam doenças, projectos novos de trabalho em que nos envolvemos ou mesmo um novo membro na família. Mas a diferença está na forma como as encaramos; o facto de ser desconhecido não significa que tenha de ser negativo.
Há muitos anos, na área da saúde, tudo o que era “diferente” era considerado uma abominação e os doentes eram simplesmente fechados num quarto ou abandonados à sua sorte. Pessoas com Síndrome de Down (trissomia 21), por exemplo, eram algumas das vítimas desta sociedade cruel e insensível. Outro bom exemplo são as crianças órfãs, que eram levadas para fazer trabalhos forçados em troca de um tecto e umas migalhas de pão, que nem um cão alimentavam.
Felizmente, hoje em dia muitas dessas coisas mudaram: já se sabe que a Síndrome de Down é uma doença genética, foi redigida e divulgada a Declaração dos Direitos da Criança e foram constituídas instituições de apoio a todas estas pessoas com o intuito de as incluir nesta sociedade que, apesar de mais informada, continua a discriminar muitos destes casos.
No entanto, e quando não sabemos? Devemos procurar entender, enfrentando a situação e não pondo o caso de lado; afinal, todos queremos o mesmo: ser felizes ao lado de quem amamos e de quem nos ama também!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

As marcas do tempo

Em Nova Iorque, onde nunca fui, as polémicas do momento envolvem o ramo da construção civil. Uma prende-se com a eventual construção de um arranha-céus a dois ou três quarteirões do Empire State Building, e quase com a altura deste. O facto de o desenho do novo edifício pertencer aos autores das maléficas torres Petronas, na Malásia, já permitia antecipar o pior. Os esboços divulgados antecipam pior do que o pior: é o mesmo que erguer a Gare do Oriente junto aos Jerónimos, com a agravante de o hipotético rival do Empire State ser mais feio do que a Gare do Oriente e o Empire State ser mais bonito do que os Jerónimos.
Sonho chegar a Nova Iorque pelo aeroporto JFK (via Newark, dizem-me, a perspectiva não é tão privilegiada) e esperar por aquele pedacinho de estrada em Queens que descreve uma lomba e revela gradualmente o Empire State, do topo para as zonas baixas onde os restantes prédios lhe prestam justa vassalagem.
Não deve haver outra imagem urbana assim poderosa, nem outro símbolo tão perfeito da doce demência que é Manhattan e do milagre que sempre me parece estar em Manhattan. Preferia que não me arruinassem a simbologia com entulho, mas é pedir muito.
A segunda polémica, infelizmente com maior impacto do que a primeira, prende-se com a construção da famosa mesquita nas imediações do Ground Zero. Apesar da discórdia, a ideia é engraçada. Obama opinou sobre o assunto e lembrou a liberdade de culto, embora provavelmente se estivesse a referir a outro culto.
Obviamente, estou a favor da mesquita. Desde que, conforme se sugeriu no blogue O Insurgente, a dita acabe rodeada por sinagogas, templos evangélicos, pregadores de rua, sex shops, travestis, corretoras, franchises de fast-food, uma produtora de pornografia e duas associações feministas a sério. Se a América é tolerância, convém tolerar completamente. Excepto a aberração que ameaça ensombrar o Empire State.